O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) declarou que o núcleo político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “não propõe nada de relevante e útil”. A crítica foi feita no domingo, 27 de julho, durante entrevista à CNN Brasil, poucos dias depois de o parlamentar participar de um evento em Minas Gerais ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Pacheco, que presidiu o Senado na segunda metade do governo Bolsonaro e é cotado por Lula como possível candidato ao Governo de Minas em 2026, disse que convive “com o tom agressivo da extrema-direita” desde antes de chefiar a Casa. “Nunca abaixei a cabeça para esse grupo, que só faz gritar e agredir. Não propõe nada de relevante e útil”, sustentou.
Posicionamento sobre anistia
No mesmo evento em Minas, o senador manifestou oposição a uma anistia ampla para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, “os mesmos que negam a democracia querem uma anistia geral e irrestrita, que deve enfrentar resistência de cada um de nós, homens públicos responsáveis”.
O debate sobre o tema voltou à pauta após o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmar, na semana passada, que a anistia poderia ser requisito para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspender a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros prevista para entrar em vigor nesta sexta-feira, 1.º de agosto.
Defesa da democracia
Pacheco afirmou que seu discurso foi uma “defesa da democracia”, obrigação que, segundo ele, deve ser compartilhada por esquerda, centro e direita. “Estou preocupado com o obscurantismo, o negacionismo, o radicalismo, o fundamentalismo”, declarou. O senador acrescentou que o sistema democrático “foi vilipendiado e atacado em 2022 e no início de 2023” e criticou a postura de quem “negou a ciência na pandemia e a vacina ao povo brasileiro”.
Imagem: Ricardo Stuckert via gazetadopovo.com.br
Aliado de Lula, o ex-presidente do Senado costuma ser elogiado pelo petista em agendas no estado, especialmente na ausência do governador Romeu Zema (Novo-MG), adversário político de Pacheco.
Com informações de Gazeta do Povo
