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Líderes próximos a Lula enfrentam investigações e condenações por corrupção na América Latina

Brasília – Uma série de políticos latino-americanos que mantêm ou mantiveram relações próximas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) responde atualmente a processos criminais ou já cumpre pena por corrupção e outros delitos.

Argentina: Alberto Fernández vira réu por contratos de seguros

O ex-presidente argentino Alberto Fernández (2019-2023) foi processado em 11 de julho de 2025 por suposta contratação irregular de seguros durante seu mandato. A acusação aponta que um decreto do peronista obrigou órgãos públicos a adquirir apólices da Nación Seguros, ligada ao estatal Banco Nación, favorecendo aliados com recursos públicos.

Cristina Kirchner inicia pena de seis anos

Aliada histórica de Lula, a também ex-presidente Cristina Kirchner teve recurso rejeitado pela Suprema Corte argentina e começou a cumprir, em prisão domiciliar, sentença de seis anos por corrupção na concessão de obras rodoviárias na província de Santa Cruz nos governos dela e de seu marido, Néstor Kirchner.

Em visita a Buenos Aires no início de julho, Lula declarou ter “carinho e afeto” pela peronista, reforçando laços que, segundo o próprio presidente, ultrapassam a esfera institucional.

Peru: fuga da ex-primeira-dama contou com ajuda brasileira

Em abril de 2025, a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, condenada a 15 anos por corrupção e lavagem de dinheiro, deixou o país após receber apoio logístico da embaixada do Brasil em Lima e da Força Aérea Brasileira. O marido dela, o ex-presidente Ollanta Humala (2011-2016), também foi condenado no âmbito da Lava Jato peruana.

Venezuela: Nicolás Maduro condenado no exterior e atritos comerciais

Nicolás Maduro, com quem Lula manteve proximidade no passado, foi sentenciado em 2018 pelo Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela no exílio a 18 anos e três meses de prisão por corrupção ligada à Odebrecht. Apesar de críticas recentes do governo brasileiro ao regime, o comércio bilateral segue elevado: exportações brasileiras ao país vizinho superaram US$ 1 bilhão nos últimos quatro anos, chegando a US$ 1,2 bilhão em 2024, alta de 3,8% sobre 2022.

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Imagem: corrupção via gazetadopovo.com.br

Nesta semana, Caracas surpreendeu Brasília ao impor tarifas de 15% a 77% sobre importações brasileiras, medida ainda não esclarecida oficialmente e que pode ampliar a tensão entre os dois governos.

Colômbia: escândalos abalam o governo Gustavo Petro

No primeiro ano de mandato, o presidente colombiano Gustavo Petro enfrentou denúncias que envolveram a ex-chefe de gabinete Laura Sarabia e o ex-embaixador Armando Benedetti. Reportagens apontaram o desaparecimento de cerca de 3 bilhões de pesos colombianos (US$ 718 mil) supostamente vinculados à campanha eleitoral de 2022. Em 2024, nova crise levou a renúncias em massa depois que Petro nomeou a si próprio chefe do Gabinete Presidencial.

As acusações contra dirigentes aliados reforçam o histórico de turbulências envolvendo figuras próximas a Lula na região, que inclui processos, condenações e atritos diplomáticos.

Com informações de Gazeta do Povo

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