O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, informou neste domingo (data não especificada), em Turnberry, na Escócia, que o governo do presidente Donald Trump apresentará dentro de duas semanas as conclusões de uma investigação de segurança nacional sobre a entrada de semicondutores estrangeiros no país.
De acordo com Lutnick, o inquérito – aberto com base na Seção 232 da Lei de Expansão do Comércio de 1962 – é um dos principais motivos que levaram a União Europeia (UE) a buscar um acordo comercial mais amplo com Washington. A declaração foi feita após reunião entre Trump e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Trump afirmou que várias empresas, inclusive algumas sediadas em Taiwan, planejam instalar fábricas de semicondutores em território norte-americano para escapar de eventuais tarifas. O presidente norte-americano sugeriu que novas alíquotas sobre o setor estão no horizonte.
Novas tarifas e investimentos
Durante a mesma coletiva, Trump e von der Leyen anunciaram um pacto comercial que estabelece tarifa geral de 15% sobre produtos europeus que ingressam nos Estados Unidos. O acordo também abrange o setor automotivo, que continuará sujeito a tarifa mais elevada, de 25%, aplicada em uma ação separada.
Trump acrescentou que o entendimento prevê investimentos de US$ 600 bilhões da UE na economia norte-americana. Segundo o presidente, a participação europeia no diálogo “evitou de maneira muito melhor” a aplicação imediata de tarifas sobre chips.

Imagem: REUTERS via infomoney.com.br
Origem da investigação
Em abril, a Casa Branca iniciou a análise para determinar se a dependência de insumos estrangeiros nos segmentos farmacêutico e de semicondutores configura risco à segurança nacional. As conclusões poderão embasar a imposição de novas barreiras tarifárias a ambos os setores.
Com informações de InfoMoney