Nova York enfrenta, neste domingo (27), o segundo dia consecutivo de alerta para a qualidade do ar, devido à fumaça dos incêndios florestais que continuam a se alastrar pelo Canadá.
De acordo com o Departamento de Conservação Ambiental do Estado de Nova York (DEC), a cidade de Nova York, Long Island e o vale do Hudson devem registrar índices de qualidade do ar (AQI) entre 101 e 150 ao longo do dia. Nesta faixa, a presença de partículas finas representa risco principalmente para grupos sensíveis, como crianças muito pequenas e pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas.
O alerta — emitido na tarde de sábado (26) — foi estendido até as 23h59 (horário da Costa Leste) deste domingo. A recomendação do Departamento de Saúde do estado é que indivíduos considerados vulneráveis evitem atividades físicas intensas ao ar livre enquanto os níveis permanecem elevados.
Às 11h deste domingo, a medição em tempo real da plataforma IQAir apontava índice 120 para a cidade, o oitavo pior entre grandes centros urbanos do mundo e o mais elevado da América do Norte no momento.
Condições semelhantes de qualidade do ar também são esperadas em partes de Nova Jersey, da Nova Inglaterra e da província canadense de Quebec, segundo o mesmo serviço de monitoramento.
A fumaça que cobre o Nordeste dos Estados Unidos se origina dos grandes incêndios em curso no território canadense. O Canadian Interagency Fire Centre informa que, desde o início do ano, mais de 3.300 focos já consumiram cerca de 5,6 milhões de hectares em todo o país.

Imagem: forbes.com
O Canadá ainda sofre as consequências de uma temporada recorde de queimadas em 2023, quando a fumaça proveniente de incêndios em Quebec tingiu o céu de Nova York de laranja e fez o AQI ultrapassar 400, nível considerado perigoso para toda a população.
Na última semana, um grupo de parlamentares republicanos dos estados norte-americanos de Wisconsin e Minnesota enviou carta à embaixadora do Canadá nos EUA, Kirsten Hillman, pedindo esclarecimentos sobre as medidas de combate às chamas e sugerindo que a falta de manejo florestal agravou a situação. O primeiro-ministro de Manitoba, Wab Kinew, classificou a iniciativa como “oportunista” e desafiou os políticos a visitarem a região para apoiar os bombeiros norte-americanos que atuam do lado canadense da fronteira.
Com informações de Forbes